24/02/2017

Durante a comemoração dos 41 anos da Coordenadoria Estadual de defesa Civil de São Paulo em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes no dia 23 de fevereiro de 2017, ocorreu o lançamento do livro intitulado: “Redução de risco de desastres – uma construção da resiliência local”, que tem por objetivo fornecer subsídios à gestão de riscos e desastres ambientais. Os quinze capítulos do livro discutem os cenários diferenciados de vulnerabilidade do Brasil e da América Latina em relação aos seus aspectos geográficos, socioeconômicos, culturais e técnico-científicos. Dois deles foram escritos com participação de geólogos do Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental do Instituto Geológico (IG).

O capítulo 5, escrito em parceria pela geóloga Lídia Keiko Tominaga do IG e pelo geólogo Marcelo Gramani do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), trata da identificação e mapeamento de áreas de risco de desastres naturais e apresenta os conceitos básicos e as análises relacionadas ao perigo e ao risco, e métodos de avaliação e mapeamentos de risco a deslizamentos e inundação aplicados no estado de São Paulo e no País.

Os autores apresentam as definições de desastres naturais e os tipos de eventos associados, como movimentos de massa, erosão, inundações e enxurradas. Descrevem também o processo de mapeamento e análise de risco envolvendo as etapas de avaliação dos perigos potenciais e das condições de vulnerabilidade, os quais podem potencializar a ocorrência de danos às pessoas, bens e propriedades, ao meio ambiente e às atividades econômicas das quais a sociedade depende.

O capítulo 7,  escrito em parceria pelos geólogos Jair Santoro do IG e Fabricio Mirandola do IPT, aborda  os critérios aplicáveis nas atividades de vistoria e interdição de edificações em áreas de risco, além das implicações jurídicas e administrativas relacionadas a tais ações. Aborda também a definição dos critérios técnicos para a deflagração de ações levando em consideração que a água (e, consequentemente, a chuva) é o principal agente que desencadeia os deslizamentos. As vistorias de campo também são fundamentais nas ações de remoção preventiva das populações que ocupam as áreas de risco. As vistorias de campo são voltadas para a identificação de feições de instabilidade, como trincas nos solos e moradias e inclinações de árvores, postes e muros, e também de outras características como encostas com alta ou baixa declividade, lançamento de água servida, presença de fossas e concentração de água de chuva. O resultado destas vistorias é que indica a necessidade ou não da remoção de moradores quando em situação de risco iminente.

O livro será distribuído às equipes das Defesa Civil dos municípios paulistas e também de outros estados.

Para realizar o download em formato digital CLIQUE AQUI ou no link abaixo: