24/01/2018

O Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) entra em operação anualmente, no período de (01/12 a 31/03) por isso também é conhecido como “Operação Chuvas de Verão”. É coordenado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) e conta com o apoio técnico do Instituto Geológico (IG), abrangendo um total de 175 municípios.

O PPDC envolve ações de monitoramento dos índices pluviométricos (chuvas), previsão meteorológica, vistorias de campo e atendimentos emergenciais. O Plano está dividido em 4 níveis operacionais: OBSERVAÇÃO, ATENÇÃO, ALERTA E ALERTA MÁXIMO e para cada nível existe uma ação específica para enfrentamento da situação. O PPDC tem um caráter preventivo, com objetivo principal de evitar a ocorrência de mortes, por meio da remoção preventiva e/ou temporária da população que ocupa as áreas de risco, antes que os escorregamentos atinjam suas moradias.

Desde que foi criado em 1989 o PPDC constitui-se em um importante instrumento capaz de subsidiar as ações preventivas dos poderes públicos municipais e estadual, principalmente quando estes buscam soluções de problemas causados pela ocupação de áreas de risco. Também podem ocorrer atendimentos emergenciais a outras localidades que não possuem Planos Preventivos, tendo em vista a prevenção de acidentes, a partir do acionamento e análise do evento por parte da CEDEC e do IG.

As vistorias técnicas EM CARÁTER EMERGENCIAL implicam em fazer a avaliação das áreas críticas sujeitas a escorregamentos de encosta, ou sujeitas a inundação indicadas pelas Defesas Civis Municipais (COMDECS) de forma a propor a interdição de moradias em risco iminente com necessidade de remoção de moradores. Esta atuação tem por objetivo principal preservar a vida dessas pessoas.

Desde o início do período chuvoso, por solicitação da CEDEC, o IG realizou vistorias em 2 municípios: São Luiz do Paraitinga (3 áreas) e Ribeira (1 área).

Em São Luiz do Paraitinga (Leste do Estado) foram vistoriadas 3 áreas nas quais ocorreram escorregamentos localizados decorrentes das chuvas ocorridas entre 12 e 17 de janeiro. Além destas as equipes estiveram presentes em outros 3 locais nos quais ocorreram inundações/enxurradas que atingiram diversas moradias e resultaram em perdas materiais.  Apesar dos ocorridos, não foi necessária a interdição de moradias.

Em Ribeira (Vale do Ribeira) foi vistoriado um trecho de cerca de 500 m de extensão da Rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (SP-250). Neste local a encosta foi afetada por processos de escorregamentos e quedas de blocos deflagrados pelas chuvas ocorridas no dia 29/12/2017, cujos índices atingiram acumulados de 186 mm entre 29 e 31/12/2016. Os processos interditaram a Rodovia, bem como destruíram parcialmente trechos do pavimento. Nesta vistoria os técnicos recomendaram que seja feita a interdição preventiva da via conforme determinados índices pluviométricos e previsões meteorológicas, além de estudos futuros de avaliação de estabilidade da encosta.

Maiores informações:

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutogeologico/geodados/bases-online/prevencao-de-desastres-naturais-online/

http://www.defesacivil.sp.gov.br/