16/11/2017

A exposição fotográfica “Os Rios da Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo – 1886 a 1910” será relançada ao público no dia 23 de novembro de 2017, com a realização de palestras sobre o tema e as perspectivas atuais e futuras de uma de suas instituições originárias: o Instituto Geológico (IG).

A realização da exposição é uma parceria entre o IG, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA) e a UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura da Paz, da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo.

Organizada pelo Museu Geológico, do IG, a mostra tem como objetivo apresentar a atuação da Comissão Geográfica e Geológica (CGG) nas expedições de reconhecimento do território paulista ocorridas ao longo do final do século XIX e início do século XX, realizada por pesquisadores e naturalistas famosos como Theodoro Sampaio, Albert Loefgren, Orville Adelbert Derby, João Pedro Cardoso, Francisco de Paula Oliveira, Luiz Felipe Gonzaga de Campos, entre outros, no percurso dos principais rios do estado de São Paulo.

Com a curadoria do geólogo Dr. Fernando Alves Pires, pesquisador científico do IG e diretor do Museu Geológico, a exposição tem a proposta de ser itinerante, percorrendo diversos municípios e permitindo que um número maior de pessoas tenha a oportunidade de visitá-la.

A mostra esteve exposta em shopping da cidade de Botucatu no primeiro semestre deste ano, e por meio da parceria com a UMAPAZ, se permitirá mais uma vez o acesso do público da capital a esse rico acervo de fotos.

Nesta edição serão realizadas palestras no dia de abertura da exposição – 23 de novembro de 2017 – com a presença da Dra. Silvana Pettinato Lucio, que desenvolveu tese recentemente sobre tema pela FAU/USP. Haverá, em seguida, uma palestra da Diretora Geral do IG, Ms. Luciana Martin Rodrigues Ferreira, que abordará as perspectivas atuais e futuras da instituição, uma das instituições originárias da CGG, conforme segue:

Programação – 23 de novembro de 2017

9:30h – Abertura

10:00h – Palestras e debate:

“A ação da Comissão Geográfica e Geológica na apropriação e produção do território paulista entre 1905 e 1931” – Silvana Pettinato Lucio, Doutora em Arquitetura e Urbanismo/FAU-USP

“Da Comissão Geográfica e Geológica ao Instituto Geológico: perspectivas atuais e futuras” – Luciana Martin Rodrigues Ferreira, Diretora Geral do Instituto Geológico

A exposição estará aberta ao público até o dia 24 de janeiro de 2018, no seguinte local e horários:

Local:              UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo

Endereço:     Parque Ibirapuera

Av. IV Centenário, 1268 – Jd. Lusitânia – Portão 7 A do Parque Ibirapuera.

Horário:         Segunda-feira a sexta-feira, das 07 às 18 horas e sábados, 08 às 12 horas.

Entrada gratuita.

A Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo

A história da Comissão Geográfica e Geológica se remete aos processos de transformação ocorridos no início do século XX no Estado de São Paulo, principalmente aqueles relacionados às mudanças da paisagem natural decorrentes do processo de ocupação do território paulista e da apropriação econômica dos recursos naturais. A comissão foi patrocinada pela elite cafeeira, que via em seus trabalhos a possibilidade de aumentar a produção e, também, sua influência política.

A CGG realizou estudos, levantamentos cartográficos e relatos detalhados da geografia, geologia, climatologia, botânica, hidrografia e zoologia, da então Província de São Paulo e posterior Estado de São Paulo. O trabalho realizado serviu de base para a ocupação territorial das áreas até então consideradas “desconhecidas” no Estado.

Entre suas realizações destacam-se as expedições exploratórias aos grandes rios paulistas, e, assim como os antigos Bandeirantes, os pesquisadores utilizaram essas vias naturais de transporte para iniciar os levantamentos científicos. Os trabalhos da CGG duraram até 1931, e quase tudo que se realizou em pesquisas (mapas, relatórios, documentos fotográficos, além de equipamentos), passaram a pertencer aos diversos órgãos e instituições de pesquisa dela originadas, como o Instituto Geológico, os Institutos de Botânica, Florestal, Geográfico e Cartográfico, Astronômico e Geofísico (USP), dentre outros, além de museus, como o Museu Geológico (MUGEO), do IG, e os de Zoologia e o Paulista (Ipiranga).

A exposição é composta por fotos que retratam as expedições realizadas entre 1886 a 1910, como aquelas que percorreram o rio Paranapanema, em 1886; os rios Paraná, Tietê, Feio ou Aguapeí e do Peixe, em 1905, e a expedição ao rio Grande e afluentes, em 1910.